quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Pelos Ares

Perdão meus caros amigos, visitantes e apreciadores desse jardim.
Sei que estive ausente nesses últimos dois meses, mas final de semestre já é complicado por natureza, se for em fim de ano, então nem se fala.
Depois de minhas lembranças da Denise soube que ela andou lá pelo meu prédio perguntando sobre nós, moradores daquele "ap". Isso relatado pelo porteiro (ô raça pra falar da vida dos outros, Meu Deus!) que além de descrevê-la ainda a elogiou, como era de se esperar até mesmo porque tirando os ciúmes descabidos, Denise é uma pessoa bastante agradável.
Esse semestre foi de mudanças. De temperamento, de atitudes e de relacionamentos. Lembro que quando comecei a postar aqui no início do semestre, estava passando por uma fase complicada da minha vida, principalmente profissional, me sentido bastante inseguro em vários aspectos.
Eu estava com um cara àquela época. Depois vieram mais outros, todos ensaios de relacionamento assim como Ele. Digo ensaio porque duravam em média um mês, um mês e meio, e nos intervalos ocorreram recaídas com uma ex-namorada.
E isso desgasta um pouco.
Tanto desgasta que estou dando um tempo pra mim e decidi-me a terminar o ano solteiro. Sereno.
Organizando a vida que não está tão bagunçada.
Arrumando o jardim, revendo algumas prioridades...colocando a casa em ordem.
Preciso.
* * *
...Eis aqui
bicicleta, planta, céu, estante, cama e eu
logo estará tudo no seu lugar...
Adriana Calcanhoto

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Ciúme

Denise era assim do tipo que seria o terror de qualquer cara hetero, ou bi que se envolvesse com uma mulher.
Era ciumenta, carinhosa em excesso. Melosa, mesmo.
Como eu ainda não sabia ao certo se já era bi àquela época, resolvi arriscar.
Mas não sei por que "cargas d'água" eu resolvi me interessar por ela.
Abrindo os olhos dela como o "alemdosbeijos" mencionou em um post anterior, nós decidimos nos conhecer.
Não sei se foi por carência, ou qualquer outro sentimento, passamos a nos ver com relativa freqûencia a ponto do Fulano perguntar nas minhas costas a ela:
- Você tá me traindo?
Ao que ela respondeu:
- Não tenho mais nada com você.
Foi espantoso pra ele quando a viu entrar pela primeira vez no nosso "ap", embasbacado, ela de mãos dadas comigo, meio tímida e receosa.
Ela tinha vencido aquela "fase Fulano" da vida dela.
Foram tempos bons que duraram pouco.
Ela terminou por ciúmes da minha prima.
Sumiu por um tempo, o que me deixou muito preocupado na época.
Ainda tenho um presente que ela me deu há três anos e meio.
Deixou saudades daquela pele branca e macia, dos cachinhos dos cabelos e quando olhava pra mim e dizia amável:
- Adso, faz amor comigo?...
* * *
...Mas eu me mordo de ciúme...
Ultraje a Rigor

sábado, 13 de outubro de 2007

Alô

Denise foi a primeira mulher com quem fiquei no Rio de Janeiro.
Ela tinha sido a ex do Fulano, um dos caras que morava comigo.
Era uma fase estranha porque eu tinha acabado de chegar, e não faziam nem quatro meses que eu deixara Thalia em outra cidade.
Um belo dia ela liga:
- Alô, o Fulano está?
- Não, quem deseja?
- Denise.
- Hum.
- Você pode fazer favor de dizer que eu liguei?
- Claro!
Dei o recado ao Fulano, que disse que era ela uma ex dele que tava "enchendo o saco" pra voltar a namorar.
E ela ligou mais um tanto de vezes procurando-o. E ele sempre a tratando mal. Até que um dia, lá pela quinta ou sexta vez que eu atendi, não resisti e disse (sem segunda intenção nenhuma, juro):
- Pô, Denise, você não acha que está na hora de você se dar valor?
Ela calou simplesmente.
Lembro que eu devo ter falado mais uma meia dúzia de palavras durante uns quinze minutos.
Isso foi não só o início de uma amizade mas de um relacionamento que deixou saudades a ponto de eu lembrar aqui nesse post essa semana...
* * *
Alô,
tô ligando pra saber como você está...
Chitãozinho e Chororó

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Livre pra voar

Passei a noite de sábado com Ele. Fomos ao Brazucca na Lapa e lá encontramos um monte de amigos do casal com o qual fomos ao Municipal.
Domingo é dia de ficar largado, lagarteando de bobeira e assim o fizemos.
Almoçamos num restaurante na Gomes Freire com Riachuelo, entre um e outro "click" da máquina digital dos nossos amigos.
Houve um projeto meio louco de creme de cupuaçú.
À tarde ficamos à-toa no sofá assistindo a um dvd.
E nos despedimos como se fôssemos os dois últimos cara no planeta inteiro.
- - - - -
No outro fim de semana, conheci o "Castelo" dele em Big Field. Foi um final de semana ótimo. O mundo poderia cair ao redor que eu simplesmente não perceberia, mesmo.
Ficamos naquela de dois caras se conhecendo, passando pela primeira vez um final de semana juntos, tudo na mais perfeita harmonia.
Não sei porque mas a música do "post" estava na minha mente no fim-de-semana em que nos conhecemos.
- - - - -
Não sei se eu "vacilei" tanto assim, ou se foi uma conjunção de acontecimentos. Foram estranhos os últimos dias. Infelizmente, nem tudo pode ser como a gente deseja e, assim como outros, esse foi mais um relacionamento relâmpago, que prometia ser duradouro, mas não o foi...
* * *
Quando a gente se encontrar
tudo vai ser tão perfeito
eu quero te curtir demais...
Exaltasamba

sábado, 29 de setembro de 2007

Há tempos III

Há tempos em que o espírito enfraquece.
Somando isso à curiosidade
e à falta de orientação devida
o resultado é inesperado.
14 anos.
Universo paralelo
onde o Bem e o Mal duelam.
Imaturidade.
Má interpretação de informações
advindas de alegorias ou metáforas
criam confusões
cercadas de teorias infundadas...

...E há tempos são os jovens que adoecem...
Legião Urbana

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Cheiro de Amor

Desculpem-me caros amigos se estive afastado deste blog por algumas semanas (O que me rendeu um esporro básico do Ricardo no meu post Qualquer coisa).
Houveram compromissos de trabalho e um ensaio de namoro, o qual resumo a partir de agora:
Orfeu de Monteverdi, embora um pouco trágica, nunca pareceu tão agradável. Deve ter sido a companhia.
A Ópera considerada um marco no gênero foi encenada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro no início de Setembro e eu tive a oportunidade de assistí-la no feriado da Independência.
Combinei com um casal de amigos e fomos. Só não sabia que um cara a quem chamarei apenas Ele, iria também.
Eu já conhecia Ele de fotos. Achei ele interessante na época, afinal quem não acharia um negro, sarado, muito bem apessoado, numa foto de sunguinha na praia, posando de macho para a foto ser tirada?
Não sei bem ao certo porque nós não passamos da troca de fotos.
Mas, a memória é um "bicho" ardiloso que se faz presente só nos momentos que julga oportuno:
- Adso, esse é Ele.
(lembrei das fotos na hora, é claro)
- Prazer, Adso.
(com um sorriso de orelha à orelha)
A Ópera se segue e, entre uma ou outra cena do segundo ato, ele me abraça, e começa a fazer carinho de um jeito tal que as cadeiras estofadas do Balcão Nobre do Municipal se tornam cada vez mais desconfortáveis por não serem duplas...
Depois do Municipal, Pizzaria na Lapa; e depois da Pizzaria, Motel. Local mais propício pra um fim de noite, impossível.
- - - - -
Lembro de ter acordado no sábado tendo a impressão de que as Ruas do Centro do Rio estavam mais limpas, as árvores mais viçosas, o céu mais azul; e o sol, mais brilhante do que costumava ser num sábado de manhã...
* * *
De repente fico rindo à-toa
sem saber porque...
Maria Bethânia

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Há tempos II

Em outro tempo, gritos de desespero
misturados com ofensas verbais, morais, físicas.
Psicológicas.
Havia uma válvula de escape:
Um riso forjado, forçado.
Falso.
Era a maneira de esquecer.
E continuar vivendo...

...Teu grito acordaria não só a tua casa, mas a vizinhança inteira...
Legião Urbana

sábado, 8 de setembro de 2007

Há tempos

Houve um tempo em que
a pureza foi roubada.
Lobos alimentavam-se do sangue do cordeiro,
manchando a honra do inocente com sangue.
Gritos mudos da inocência
que por ser inocente
não sabia exatamente o que fazer...

..E há tempos nem os santos têm ao certo a medida da maldade...
Legião Urbana

All Star

Hora do banho.
Eu o fico admirando. Ele se vira e pergunta:
- Dá pra você parar de me olhar com essa cara de tarado? (Risos)
Os momentos que se seguiram àquela tarde foram estranhos, confusos.
Ele não conseguia acreditar que tinha transado com um homem e achava que eu nunca tinha.
Eu, desnorteado, sem saber como eu podia ter me permitido "cair" daquele modo. De novo. Neurose. Eu tinha que ter relaxado, simplesmente.
Como já havia dito em "Carne e osso", passei por um período de conflito interno muito grande devido à minha bissexualidade logo que cheguei ao Rio e a primeira relação com um homem novamente foi justo naquela tarde. Outras vezes se repetiram com ele, sempre nas mesmas condições.
O vento, assim como trouxe amigos novos aqui no blog, encarregou-se de levar o Leo da minha vida, e o traz de vez em quando, exatamante como quem sopra uma brisa suave no rosto.
Ele saiu de casa, é cunhado de um amigo nosso. Embora nada tenha sido dito à sua esposa, hoje, ela não me suporta. (rsrsrs). Minha mãe até hoje acha que ele se casou em menos de um ano justamente por medo de ser bi. Isso, na verdade, já não importa mais.
O sofá continua lá.
Com a mesma estampa.
Eu me apaixonei, sei disso.
Nunca admiti...
* * *
Estranho seria se eu não me apaixonasse por você...
Nando Reis

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Qualquer coisa

... E naquela semi-permissão eu fui avançando.
Fiz a massagem completa nas costas.
A cada ponto novo senti que ele cedia de uma maneira inesperada. O meu pau, latejando, roçava na bunda dele, que mesmo com short, era linda de se ver empinada na posição de bruços.
A massagem prosseguiu, ele se virou de frente, e eu passei a fazê-la no tórax, branco e liso, olhando-o nos olhos.
Sempre.
O cheiro de hidratante se misturava ao de sexo, exalando um perfume novo que embriagava, seduzia e inspirava os mais íntimos desejos de dois homens em uma colchão de solteiro numa tarde quente de domingo. Cada toque dos dedos dele, agora massageando as minhas costas faziam arrepiar a alma.
O ato foi consumado dessa mesma maneira: sutil, pleno, perfeito, tendo seu ápice da maneira mais prazerosa que dois homens podem se permitir. Eu, entregue, não sabia fazer outra coisa senão ceder aos caprichos daquele homem que, naquela tarde, foi meu...

* * *
...Já qualquer coisa doida dentro mexe...

Caetano Veloso

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Qualquer coisa

Numa tarde de domigo, Midas resolveu tocar a minha insossa vida carioca.
Lembro cada detalhe. A data inclusive, como se fosse hoje.
Sozinhos em casa e sem hora previsão de ninguém chegar. Ele, estudando. Eu entro no quarto e digo:
- Estudar não dá futuro (risos)
- Porque não? Ele indaga.
- Você estudar sozinho não me dá o menor futuro...(mais risos)
Daí começamos a conversar sobre os asuntos mais diversos. Ele desiste de estudar. Afinal, comigo falando pelos cotovelos do lado quem consegue?
(A essa altura, nós já estávamos na bendita putaria de carinhos e cafunés...)
Papo vai, papo vem, eu senti ele meio tenso.
- Você quer uma massagem?
- Pô, já é!
Subi nas costas dele, e massageei cada ponto daquelas costas brancas e lindas com um vigor que só um macho de verdade sabe fazer.
A essa altura, o meu pau já latejava de tanto tesão.
Eu com toda a cautela do mundo pra não avançar nenhum passo sem ter absoluta certeza até que ponto seria permitido...
* * *
Mexe qualquer coisa dentro doida...
Caetano Veloso

domingo, 19 de agosto de 2007

Certas coisas

Eu lembro que o Léo e eu tínhamos uma espécie de acordo não-declarado.
Sim, mais ou menos isso, porque quando não estávamos a sós (ou com a certeza que iríamos estar a sós por algum tempo); ou ainda mesmo que não houvesse ninguém num raio de dez metros, no mínimo, a gente nem tocava no assunto.
Só quando estávamos dividindo a mesma cama de solteiro ou o sofá de três lugares cuja estampa combinava perfeitamente com o olhar dele (rsrsrsrsrs).
E não era por cinismo, cara de pau, canastrice, falta de vergonha, ou excesso de vergonha, não. Simplesmente o assunto não surgia.
E essa cumplicidade marcou bastante aqueles dias, fazendo-os únicos, sinceros, inesquecíveis e imortais...
* * *
Não existiria som se não
houvesse o silêncio...

Lulu Santos

sábado, 11 de agosto de 2007

Eu sei

Um dia, finalmente a gente saiu do zero a zero.
-Você é viado? Ele pergunta.
Ele me disse que parecia que eu gostava de perceber que ele estava excitado.
Não aguentei.
Caí no riso.
Ele com o rosto mais sério, me pergunta:
-Qual a graça?
-Nada, só que eu acho natural que dois homens trocando carícias numa cama venham a ficar excitados, sem necessariamente ter que transar depois. Até porque a gente não tá fazendo nada demais.
Continuamos a putaria de cafuné pra cá, carinho na barriga pra lá, e ele, do nada, tira o short de uma vez.
Eu, com a cara mais cínica, pergunto:
-O que é isso, Leo, coloca esse short.
-Qual o problema?
Foi o mesmo que não dizer nada.
Pega o meu pau, começa a masturbar, o que meio perplexo, sem acreditar no que estava havendo, eu também faço.
Aí então o interfone toca.
O outro amigo chega e a farra acaba.

* * *
Sexo verbal não faz meu estilo...

Legião Urbana

sábado, 4 de agosto de 2007

Queixa

...E, cada vez mais amigos, Leo e eu passamos a não nos importar com certas brincadeiras, comentários e gestos bilaterais, até mesmo comum na nossa profissão onde homens tinham de abrir mão de certas distâncias sendo muitas vezes mais amigos que em outros labores.
Era engraçado porque eu chegava, e nos perguntávamos como havia sido o dia e esse tipo de coisas.
Passávamos a mão um na bunda do outro e no pau do outro de vez em quando. Cantadas na cara dura, mesmo. Nunca levadas a serio.
Eu sempre fui muito paternal e um tanto carente depois que saí de casa. Ele com uma história familiar muito parecida com a minha, até os mesmos erros dele eu cometi depois, e essa paternalidade / fraternidade que eu fazia questão de demonstrar dessa forma foi evoluindo aos poucos.
Lembro que deitávamos na mesma cama de solteiro pra conversar bobagens do cotidiano, eu adorava fazer e receber cafuné e ele se acostumou a isso. Tudo natural como dois irmãos deveriam ser. Até que um dia...

* * *

Um amor assim delicado nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado apostar na alegria...

Caetano Veloso

sábado, 28 de julho de 2007

Andrea Doria

Outro dia, em plena Presidente Vargas com Uruguaiana, lembrei do meu primeiro dia efetivo no Rio. Foi o primeiro dia em que eu e o Leo saímos pra conhecer as imediações. Era um domingo, não conhecíamos nada, o trânsito não existia. Queríamos chegar em um Shopping.
Lembro que vagamos sem rumo pelas ruas vazias até que decidimos pegar um ônibus, seja lá pra onde fosse. E encontramos um shopping finalmente.
Eu, sempre tomando as rédeas fui visitar um apartamento de um amigo e decidi ficar lá. Ele, gostou da idéia e resolveu ficar também.
Aquele misto de incerteza que já me acompanhava desde o último dia de internato / primeiro dia de Rio de Janeiro, se tornava um pouco mais próximo. Agora dando lugar a uma certeza. A de estarmos sempre juntos.
Tinha início a nossa vida de irmãos, dividindo obrigações, despesas, alegrias e incertezas, agora cada vez mais íntimos...

* * *

"Às vezes parecia que de tanto acreditar
em tudo que achávamos tão certo..."

Legião Urbana

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Memórias

Ontem, no trabalho, um amigo meu - 20 e poucos anos, moreno mais claro que eu, olhos cor de mel, mais ou menos 1,70 de altura, sarado e lindo - me lembrou de quando eu era interno. Era o que eu sentia com o Leo Jaime* - Leo, a partir de agora.
Eu lembro que o imaginava perto de mim, me tocando durante o banho. E quando íámos tomar banho, no vestiário, eu ficava olhando aquele corpo que não tinha nada de atrativo, mas que me fazia tremer só de olhar.
O ano terminou e nós tivemos de mudar de cidade. Éramos muito amigos mesmo e fomos morar com mais outros três amigos, também do trabalho. E a cada dia me sentia mais próximo dele como se algo existisse a mais do que o sentimento fraterno de dois amigos, quase irmãos...
* * *
"Memórias não são só memórias,
são fantasmas que nos sopram aos ouvidos..."

Pitty

segunda-feira, 16 de julho de 2007

"Carne e osso"

Sempre defini-me hetero até pelo menos os 18 anos de idade apesar de ter tido alguns esporádicos "casos" até esses mesmos 18. Quando comecei a trabalhar tive outra visão de mundo, saí de minha cidade que, embora capital, não se compara ao Rio de Janeiro com outro estilo de vida totalmente diferente. Independente, comecei a me relacionar com outras pessoas do mesmo sexo. E também com uma mulher que eu amo completamente. E que perdi das mãos.
No início foi bem difícil, um pouco traumático pois, tive de lutar contra antigos dogmas e pudores, lutando comigo mesmo, contra mim, contra minha vontade e meu desejo. Ciente que sempre conheci essas sensações. Os conceitos em si eu já conhecia mas, adotá-los efetivamente convivendo com eles de maneira mais livre e democrática em minha mente só o fiz com 21 anos.
E aos 21 passei a me divertir, curto bastante a minha vida hoje em dia e acho que sei o que gosto ou ao menos o que não gosto. É uma sensação estranha que toma conta de mim e ao mesmo tempo é excitante, muitas vezes nova. Bocas, sorrisos, olhares, rostos, corpos, tudo irreconhecivelmente familiar...

* * *

"A alegria do pecado a vezes toma conta de mim
e é tão bom não ser divina..."

Zélia Duncan e Moska