quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Chorando na chuva



Bom, o Zezinho sumiu.
Mas também, o que esperar de um cara que se considerou feio durante toda sua adolescência refletindo isso numa baixa-estima extrema que o fez enfiar a cara nos livros?
Neurose demais pra uma pessoa só, não?
Claro que eu não deixei por menos. Afinal, o cara me promete mundos e fundos por torpedo e por telefone diz-me que eu poderia considerar-me comprometido desde a véspera, e some assim, sem mais?
As pessoas revelam muito de si, tentando se conhecer. Fui na Plínio Leite. Afinal o dito cujo cursa o quinto período de Enfermagem.
Pena que eu não tirei foto.
Gesticulei, apontando pra ele, pra minha boca e pra mim, tentando dizer que eu queria falar com ele. Ele que é um mulato bonito quase ficou branco, estático, inerte ao lado da professora, na mesa. Sinalizou, com a mão espalmada que era pra eu esperar...
Começamos a conversa com ele dizendo que queria tentar explicar. Eu disse: Tente.
Falou que era novo, não sabia como levar um namoro, e um tanto de outras coisas que só refletiram inexperiência. Até aí tudo bem. Imaturidade, não.
Ele disse que costuma resolver os principais problemas, ignorando-os. Argumentei que não é fugindo que se resolve a vida, e que um dia os problemas reaparecem e a fuga talvez não seja a solução mais viável.
Em suma, terminou com ele dizendo que iria pensar. Dois dias depois:
"Pensei bastante, vc tem razao ñ quero qlq relacao a ñ ser amizade.
Desculpa se falei ou fiz algo precipitado. Pode seguir seu caminho. Abçs."
Resposta minha:
"Espero que vc cresça e um dia se torne alguém diferente,
capaz de administrar uma relação a dois."
E fiquei meio mal nos dias que se seguiram, vou focar no Vinny, que é mais confiável e aparenta ter maturidade, romantismo, e é um gatinho lindo, branquinho de olhos cor de mel, um par de coxas maravilhoso em 1,90m de altura. Acho que saí ganhando, não?
I'll do my crying in the rain...
A-ha

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lulu Santos ou A-ha?

"Quis evitar teus olhos, mas ñ pude reagir. Chego a fik sem jeito. Me de a mao. Vem ser a minha estrela. Quando um certo alguem desperta o sentimento é melhor ñ resistir e se entregar. Acho q ñ preciso dizer mais nada".

Foi com esse torpedo que o Zezinho oficializou o namoro. Me ligou no dia seguinte, meio que explicando como era a situação e me dizendo que eu já poderia considerar-me comprometido desde a véspera. Isso foi quarta-feira. Eu estava de plantão. Quinta-feira foi ele. De modo que sexta-feira ambos folgamos, e estava meio combinado de passarmos o dia juntos, ou pelo menos almoçarmos, deduzi eu. Ledo engano.

Ele sumiu na poeira.

Como assim? você me pergunta, meu jardim.

Desse modo: Liguei pra ele ontem, sexta-feira às 8hs, ele retorna, dizendo que sairia da Ilha do Governador, viria pra minha casa, e daqui iríamos juntos à praia. Então às 9:30hs ele estaria nas proximidades. Não aconteceu. 10:30 eu esperava há cerca de meia hora no lugar previamente combinado, crendo que algo pudesse ter acontecido, perda ou descarga de celular, nada. O celular dele toca, só não atende.

Nos conhecemos através de um conhecido em comum meu, amigo dele. Eu quando conheci o amigo dele, ainda no trabalho há uns meses percebi: É viado! hehe. Meu Gaydar é ótimo. Enfim, voltando, fomos à The Week, ele me perguntou, logo ao sermos apresentados como eu poderia trabalhar com a barba do tamanho que uso. Eu o respondi que era pra roçar no cnagote de quem perguntasse e o fiz. Ele riu, meio sem graça, meio excitado. Nos reencontramos dentro da boate e ficamos juntos a madrugada toda e às 8:00hs nos despedimos com um selinho em plena Central do Brasil. Loucura, né?

Acho que o fato de ele não ter vergonha em demonstrar carinho em público é um fator relevante a ser considerado.


Na véspera eu conheci um outro cara, do trabalho. E, cheio de dor na consciência, a gente acabou ficando. Conversamos, ele veio aqui em casa, minha mãe pegou um beijo nosso! Isso é assunto pra outro post... Fomos a uma restô japa que eu adoro. De lá, ao Estilo da Lapa pra ficarmos mais à vontade e eu poder roubar uns beijos (hehe) Ele beija bem, com uma sede certas horas e com uma suavidade em outras.

Ficava se perguntando a todo tempo como iria ser no trabalho e eu o disse que como não trabalhamos no mesmo departamento iria ser normal. A menos que ele quisesse que as pessoas do trabalho soubessem. O que pra mim, não mudaria em nada. Ele, preocupado em levantar-se às 6:00hs pois trabalharia no dia seguinte. Eu disse que o acordaria às seis, pediria um café pra nós dois. (Não, não disse isso, hehe). Tomaríamos um café e ele iria trabalhar. Contentei-me em ligar pra ele e desejar um bom dia, já que não dormimos juntos.

Mas, a mãe dele viajaria pra Salvador, então ele estaria só no ap da Tijuca. Deixei ele em casa, não sem antes ganhar um Laka, lembrei de cara do comercial.


Ele me ligou tarde ainda naquela noite. Conversamos sobre relacionamento eu disse que costumo deixar rolar, pra não passar imagem de carente, ou gerar expectativas frustradas pra ambos os lados. foi então que ele me disse que só não rolaria se eu não quisesse. Ponto!!! Acho que isso foi uma demonstração de interesse.


Na volta no carro reparei que ele estava mais à vontade, e ao comentar isso com ele, descobri ser um tanto tímido, e que o resguardo na ida era somente isso e não desinteresse como eu supunha. Dormi com ele no dia seguinte. Não sei até que ponto é realmente timidez, ele alegou cansaço, e isso me deixa um pouco inseguro pela falta de intimidade. Deve ser carência minha mesmo.

Ele foi pra Cabo Frio, eu vou à Praia, hoje tem Banda de Ipanema. Amanhã ele volta cedo de lá. Vejamos se vai ligar. Já que o outro sumiu...

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ideal até que ponto?

O templo da house music da noite carioca acaba de cair no meu conceito.

Não que o meu valha tanto, posto que não sou nenhum crítico especializado. Entretanto sou parte do público comum que enche os cofres daquela casa a cada fim-de-semana.

A falta de estrutura e organização para emergências simplesmente me chocou.

Calma, meu jardim, não fui eu quem precisei de água fresca e clorofila, mas me senti como se fosse.

Cerca de 5 da manhã, as pessoas sendo "expulsas" da boate, passei pelo Camarote, ao qual já não tinha mais acesso e notei que um cara passava muito mal. A namorada dele, desesperada e um amigo sem saber o que fazer estavam com ele. Nenhum funcionário prestava auxílio. Invadi a área e fui convidado a me retirar, não sem antes pedir a um segurança pra que desse limão pra ele inalar, como aprendi no curso de primeiros-socorros.

Adendo: No referido curso, entendi o porque de omissão de socorro pode ser considerado crime. Procedimentos básicos podem evitar mortes ou danos maiores. Desde então não consigo deixar de ajudar, quando ao meu alcance. Imagino apenas se fosse eu quem precisasse, gostaria que algo fosse feito

Não satisfeito com a situação pedi ao chefe da segurança, o qual conheço, pra ter acesso ao mezanino da casa, onde eles estavam.

Procedimentos básicos de teste de consciência, e o mais, partimos pra administração da situação. O mais difícil.

Pedi calma à Rubi, expliquei que a situação é difícil, que eu estava do lado dela, que concordava com a falta de estrutura da casa nesse sentido, que não havia realmente ninguém prestando auxílio, mais preocupados em desocupar o mezanino ou fechar o caixa da noite, como verifiquei já que infelizmente também conheço a responsável por tal.
Disse que Isaac precisava que ela se mantivesse calma pra que ele tivesse espaço e apoio pra reagir diante da situação.

Segundo um dos seguranças não existe lei que obrigue os estabelecimentos desse tipo que tenham enfermarias ou gente especializada pra prestar primeiros socorros. Verifiquei no google e não encontrei nada específico, apenas em eventos de grande porte tais como shows e outras reuniões do tipo.


A Rubi queria algo do tipo. Não foi possível. Os seguranças aproveitaram um momento de distração dela e o retiraram não só do mezanino mas, da casa, o que julgamos não procedente, uma vez que ainda haviam pessoas na pista e éramos pagantes como qualquer um.

Resumo da noite, consegui convencer alguém pra ouví-la mesmo que não o gerente da casa. Após isso, ela cumpriu o que combinou comigo, colocamos ele num taxi e levamos ao Hospital Souza Aguiar.

Serviço Público: O 192 informou, na figura do Dr. Luiz, médico de plantão que não haviam viaturas suficientes pra prestar auxílio. Somente às 8:ooh. Eram 5:46h quando eu recebi a informação.
O 193 sequer atendeu as ligações, as linhas estavam ocupadas.
o 190 alegou que uma vez que não houvesse crime ou flagrante, não poderia ceder uma viatura ao local.

Não sei como a mesma situação seria administrada por outras casas. Sei apenas que o Cine Ideal torna-se cada vez menos Ideal como local pra eu poder curtir as minhas noites.