segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Enquanto durmo

Chove no Rio.
Embora em outras vezes a chuva me deixasse com saudades de casa e da família, ou ainda meio pra baixo por conta de alguma lembrança que pudesse me entristecer, hoje ela tem um "gosto" diferente.
Tem gosto de água que lava a alma.
Após o período de arrumação, lavei a casa com essa chuva.
O ano de 2008 chegou com ares de renovação. Ainda que eu estivesse tranqüilo durante a "faxina", agora estou mais leve, e isso não é por causa de nenhuma pessoa em especial. É por mim, mesmo.
Vejo que tudo está acontecendo no seu tempo e nos eixos. A mudança no trabalho está ocorrendo de forma natural, com as responsabilidades sendo adquiridas com calma e tranqüilidade, como tudo deveria ser. Não fui transferido pra onde eu queria de início, mas estou satisfeito com os resultados.
E talvez tenha até sido melhor assim.
O emocional está em dias.
Eu queria muito um alguém no primeiro semestre do ano. Os deuses me ouviram e me deram uma enxurrada. Foram três relacionamentos no segundo semestre do ano passado.
Aprendi nesse início de ano: Nunca peça nada aos deuses! Eles podem te atender (sempre à maneira deles)
Hoje estou mais desencanado em relação a isso. Tô curtindo legal a vida de solteiro. "Pegando", mesmo.
Mas como me foi dito: "Cada coisa a seu tempo".
Até porque a partir de março, quando eu voltar das férias, tenho de dar início à faculdade e aí então não terei mais tanto tempo disponível. Nem pra aproveitar a chuva como hoje à tarde, andando de bobeira no centro do Rio.
Rindo de si.
Mesmo após tomar um banho de um carro que passa e não respeita os pedestres em dias como esse...
...que lavam a alma.
* * *
É, espero a chuva cair
na minha casa, no meu rosto,
nas minhas costas largas...
Zélia Duncan