terça-feira, 27 de abril de 2010

Vamos fugir...

Estranho como a fuga sempre foi uma constante em minha vida. Fuga da minha vida, da minha família , de casa, da minha mãe, do meu padrasto. De mim.

Isso se torna extremamente complicado porque você descobre que fugir de si é impossível.

Há uma semana discuti com minha mãe. Discuti feio. Dedos foram colocados em feridas e, isso é dificílimo porque, porra, eu não queria que metade daquelas coisas tivessem acontecido.


O Loui tinha me convidado pra casa dele e eu havia negado, tinha ficado putinho. Pirraça. Birra. Mas de repente ele passa a ser a melhor opção pra minha fuga naquele momento. Deixei ela em casa com uma vizinha que tagarelava e que foi testemunha da troca de farpas (por assim dizer). Fui lá com o Loui, esquecer um pouco da minha vida. A gente beijou, ficou, namorou, aconchegou, fodeu.

Comemos lasagna, rimos. E depois a fuga termina porque eu tive que voltar pra casa. Ela me estende um pedido de desculpas, aceito. Não sem antes outra troca de gentilezas. De eu dizer o que acho estava errado, do meu anseio pela fuga; e baseado em que eu fugia.

Foi sempre assim. Tardes e tardes intermináveis na casa de vizinhos, ou jogando bola, subindo em árvores pela rua de casa. Esquecendo de mim, ou cuidando um pouco mais de mim.


Porque, simplesmente, não havia uma melhor opção.