sexta-feira, 25 de junho de 2010

No princípio, o CAOS

Eu nunca fui muito de acreditar em signos.

Tath – a encarnação humana da perfeição divina em um corpo de mulher – trouxe a mim outro lado dessa crença até então mistificada: um lado que eu ignorava e, justamente por ignorar, desconhecia.

Foram seis meses num estado ébrio somado ao amor que eu nutri por ela, facilitando essa imersão num universo astrológico que eu sequer sonhava existir.

Poesia à parte, eu passei a me (re)conhecer enquanto escorpiano e aos geminianos de maneira ímpar. Hoje leio com freqüência o horóscopo e prefiro O Globo ainda mais depois da repaginada recente do referido jornal no que concerne a esse ramo da Astrologia.

O Beto é canceriano.

Complexo.

Teimoso.

Carinhoso, grude mesmo.

Nem por isso, menos lindo.

Ao 4º dia de relacionamento a gente começou a discutir por MSN.

Ele quebrou o gelo (e a mim) no 5º dia com o seguinte torpedo:

“Saudade do seu sorrisão.”

Liguei pra ele e parecemos nos acertar. Doce engano.

Foram necessários mais de 50 minutos de papo ao celular no 6º dia à noite pra desfazermos falhas na comunicação.

No 7º dia, festa da empresa dele. Eu fui ao Teatro. Não nos víamos desde o 4º dia, durante a divergência de opiniões. Novo distanciamento.

No 8º dia eu planejava tomar café da manhã e passar o fim de semana com ele. Matar saudade. Era sábado e completaríamos uma semana desde que nos conhecemos pessoalmente:

“Bom dia! Fiz balanço da 1ª semana e percebi que houve muitos momentos de frustração e ansiedade. Pela nossa saúde prefiro parar por aqui. A gente pode ser amigos mais tarde. Tô voando pra SP agora. Fica bem. Bjs".

Não recordo de ele ter-me dito que era médico...

Contudo àquela altura nem sabia se o queria comigo dada à complexidade e à problemática da 1ª semana. Se eu agi certo, não sei. Passei num SMS o endereço desse jardim aqui. E logo em seguida, acrescentei:

- Pergunte-se após ler o texto quem ganhou quem.

Esgotei meu saldo de torpedo da operadora telefônica tentando explicar, sem admitir, que eu estava apaixonando.

Ontem à noite não admitir seria no mínimo idiotice afinal, já estava estampado no meu sorriso.

Fui buscá-lo no Santos Dumont.

Minhas bagagens.

A mochila dele.

Uma Gérbera de castigo num vaso lá de casa desde a manhã da véspera, quando completamos uma semana.

Um beijo intenso no táxi.

Ap. dele. Dois corpos nus e exaustos, numa cama imensa.

Nada mais importa.

Nada mais existe.

No princípio era o CAOS.

Deus criou o cara e viu que era bom. Muito bom, mesmo.

domingo, 13 de junho de 2010

Presente

Estou recém-saído de uma relação que não teria futuros, por eu não me sentir atraído pelo cara. Entre outros fatores por ele ser um pouco afeminado. Sendo que, o pouco dele era muito pra mim. Tentei relevar isso em consideração ao caráter dele, ao fato de ele me tratar super bem, enfim, pela pessoa que tinha sido comigo.

Infelizmente, não fluiu.

Meio que contaminado pela onda de “Odeio dia dos namorados”, catalisada por uma festa na sexta-feira que não rolou por falta de quórum, passei o resto da minha semana.

Solteiro sempre nessa época e esse ano, há apenas dez dias, percebi que nunca ganho presentes. Nunca recebo nenhuma daquelas porcarias adoravelmente românticas que dão cria nas lojas em junho.

Resolvi encarar o fato com bom humor e uma pouco de ironia, colocando a frase no MSN. Recebi propostas de um test-drive de 24 horas prorrogável, dependendo da sintonia. Típica situação É zoação (mas, se colar...).

A outra proposta soou como mais uma REAL qualquer, mesmo que sem essa intenção: “Um contrato de aluguel onde o pagamento não é em dinheiro, e que pode ser renovado”.

Já estava decidido a tacar pedra em casais de namorados, quando recebo um torpedo.

“Tudo bem com vc? O q tem de planos pra hj?

Era um cara que vi na cam outro dia pela NET e, interessante, me chamando o tempo todo de lindo e enchendo o escorpiano aqui de elogios, e uma pequena dose de ciúmes. Com menos de 20 minutos de papo ele já me perguntou quando poderia me conhecer. Ponto!

Mais objetivo impossível, né?

Liguei. Iria fazer um programa Cult com uns amigos no fim de tarde e assim que estivesse livre, ligaria pra ele, isso por volta de 20hs.

Fizemos um tour noturno pela Lapa,... conversamos muito mesmo pra tentar se conhecer... Até que enfim, ele me convida pra ir ao ap dele no Flamengo.

Pegou minha bala com um beijo no meio do metrô. Não foi nenhum beijo de cinema, entretanto, mais que um selinho. Constatando que eu não teria coragem de fazê-lo à primeira vez, me devolveu quando eu o beijei de volta.

Hoje à tarde, troca de torpedos:

“Bom dormir com vc. Fiquei com gosto de quero mais”.

Reafirmo: vc pode o q quiser...

“Quero vc perto de mim logo. Sou seu”.

Like Jason M’raz?

E prossegui meu dia, lembrando o que ele me disse ontem à noite, antes de dormirmos abraçadinhos:

“Feliz Dia dos Namorados, lindo”.

domingo, 6 de junho de 2010

Coração Pirata

Aperte o play e comece a ler.

Estranho como em um momento você é o cara especial, aquele que estará seguro nos braços dele, e a quem ele jamais irá desapontar, que irá fazer todas as vontade, e no momento seguinte, "por ironia do destino", como ele mesmo coloca, as suas chances com ele são ZERO.

Assim mesmo, em letras garrafais. ZERO, nada, niente, nothing.

Todo aquele blá blá blá, de touro e escorpião, REDUZIDOS A PÓ.

Nessas horas que você percebe o preço cobrado pelos outros que a própria alma já havia adivinhado: Estar sozinho.

O que me resta? Fazer o que todo Escorpiano sabe de melhor. O Coração refeito do baque, toma tudo pela frente, e escolhe o novo candidato a digníssimo.

Busque outro porto, Pirata meu, que seja feliz na escolha e que longevo enquanto durar.

Não esqueça de regar o trevo, que por sinal, tá precisando...