sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Ciúme

Denise era assim do tipo que seria o terror de qualquer cara hetero, ou bi que se envolvesse com uma mulher.
Era ciumenta, carinhosa em excesso. Melosa, mesmo.
Como eu ainda não sabia ao certo se já era bi àquela época, resolvi arriscar.
Mas não sei por que "cargas d'água" eu resolvi me interessar por ela.
Abrindo os olhos dela como o "alemdosbeijos" mencionou em um post anterior, nós decidimos nos conhecer.
Não sei se foi por carência, ou qualquer outro sentimento, passamos a nos ver com relativa freqûencia a ponto do Fulano perguntar nas minhas costas a ela:
- Você tá me traindo?
Ao que ela respondeu:
- Não tenho mais nada com você.
Foi espantoso pra ele quando a viu entrar pela primeira vez no nosso "ap", embasbacado, ela de mãos dadas comigo, meio tímida e receosa.
Ela tinha vencido aquela "fase Fulano" da vida dela.
Foram tempos bons que duraram pouco.
Ela terminou por ciúmes da minha prima.
Sumiu por um tempo, o que me deixou muito preocupado na época.
Ainda tenho um presente que ela me deu há três anos e meio.
Deixou saudades daquela pele branca e macia, dos cachinhos dos cabelos e quando olhava pra mim e dizia amável:
- Adso, faz amor comigo?...
* * *
...Mas eu me mordo de ciúme...
Ultraje a Rigor

sábado, 13 de outubro de 2007

Alô

Denise foi a primeira mulher com quem fiquei no Rio de Janeiro.
Ela tinha sido a ex do Fulano, um dos caras que morava comigo.
Era uma fase estranha porque eu tinha acabado de chegar, e não faziam nem quatro meses que eu deixara Thalia em outra cidade.
Um belo dia ela liga:
- Alô, o Fulano está?
- Não, quem deseja?
- Denise.
- Hum.
- Você pode fazer favor de dizer que eu liguei?
- Claro!
Dei o recado ao Fulano, que disse que era ela uma ex dele que tava "enchendo o saco" pra voltar a namorar.
E ela ligou mais um tanto de vezes procurando-o. E ele sempre a tratando mal. Até que um dia, lá pela quinta ou sexta vez que eu atendi, não resisti e disse (sem segunda intenção nenhuma, juro):
- Pô, Denise, você não acha que está na hora de você se dar valor?
Ela calou simplesmente.
Lembro que eu devo ter falado mais uma meia dúzia de palavras durante uns quinze minutos.
Isso foi não só o início de uma amizade mas de um relacionamento que deixou saudades a ponto de eu lembrar aqui nesse post essa semana...
* * *
Alô,
tô ligando pra saber como você está...
Chitãozinho e Chororó

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Livre pra voar

Passei a noite de sábado com Ele. Fomos ao Brazucca na Lapa e lá encontramos um monte de amigos do casal com o qual fomos ao Municipal.
Domingo é dia de ficar largado, lagarteando de bobeira e assim o fizemos.
Almoçamos num restaurante na Gomes Freire com Riachuelo, entre um e outro "click" da máquina digital dos nossos amigos.
Houve um projeto meio louco de creme de cupuaçú.
À tarde ficamos à-toa no sofá assistindo a um dvd.
E nos despedimos como se fôssemos os dois últimos cara no planeta inteiro.
- - - - -
No outro fim de semana, conheci o "Castelo" dele em Big Field. Foi um final de semana ótimo. O mundo poderia cair ao redor que eu simplesmente não perceberia, mesmo.
Ficamos naquela de dois caras se conhecendo, passando pela primeira vez um final de semana juntos, tudo na mais perfeita harmonia.
Não sei porque mas a música do "post" estava na minha mente no fim-de-semana em que nos conhecemos.
- - - - -
Não sei se eu "vacilei" tanto assim, ou se foi uma conjunção de acontecimentos. Foram estranhos os últimos dias. Infelizmente, nem tudo pode ser como a gente deseja e, assim como outros, esse foi mais um relacionamento relâmpago, que prometia ser duradouro, mas não o foi...
* * *
Quando a gente se encontrar
tudo vai ser tão perfeito
eu quero te curtir demais...
Exaltasamba