segunda-feira, 26 de julho de 2010

O plano

Quando completamos um mês que nos conhecemos, tentamos jantar fora.

Acontece que eu tenho um atrito sério com o relógio e meus compromissos. Meu dia nunca tem as 28 horas normais que deveria ter. Me enrolo legal, mesmo. Daí acabou não acontecendo.

Liguei, me desculpando pelo horário não cumprido e recebi esse torpedo:

"Ok... Achei que vc queria jantar pq tá fazendo um mês... Mas a gente vai outro dia. Boa noite."

Claro que o motivo era esse. Não deu certo, parti pro plano B.


Seqüestro matinal.

Posso subir? Estou aqui embaixo no seu prédio.

Eram 8h da manhã do dia seguinte. Levei-o pra tomar café no Windsor da Cinelândia. Papo vai, papo vem, perguntei se era isso mesmo que ele queria, levar uma relação, se curtia estar comigo, e expliquei o porquê da pergunta, baseada em minha última relação que se arrastou por não haver diálogo a respeito.

Ele respondeu-me que sim, que era isso realmente o que queria, que estava curtindo estar comigo, sim. Terminei o café com um "Feliz Aniversário de um mês, então."

À noite ele veio dormir comigo. E eu viajei a trabalho feliz da vida.

Isso tem quinze dias, e devido ao meu trabalho temos nos visto pouco. A saudade aperta e quer pular pela boca.

Exatamente como agora...

sábado, 10 de julho de 2010

Angeli

Eu o apresentei ao meu mundo na estréia do Brasil na Copa. Refiro-me meu mundo tudo o que faz parte do meu cotidiano. Meu prédio, meu ap, meus amigos. No último fim de semana foi a vez dele. Na comemoração do seu aniversário, o Beto apresentou-me o próprio mundo.

A festa, uma reunião intimista dos amigos em Sampa, foi excelente. Fora um único contratempo no final da noite. Nada que um "esquentar de cobertas" não amenizasse. O feedback foi imediato. Após o "esquenta" ele mencionou que os amigos me acharam agradável e sociável. E que teriam intimidade suficiente pra me criticar caso necessário. Ponto!

Confesso que estava inseguro temendo ficar deslocado ou sem assunto. Entretanto o rol de amigos dele é bastante diversificado e assunto ou ambiente não me faltou em momento algum. No dia seguinte senti-me acolhido pelo amigo e ex dele num abraço sincero sem despedidas ou boas-vindas como pretexto.

Fomos então à Feijoada de Aniversário de um deles em uma chácara uma hora distante do centro de Sampa. Tarde única. Clima ameno, boa bebida, comida preparada pelo anfitrião num chalé todo pensado para o conforto do casal juntos há 25 anos.

Percebi, já de volta ao Rio, naquela cama imensa dele que meu anjo, além de olhos azuis, usa barba. E tem um sorriso lindo.