terça-feira, 22 de abril de 2008

Novos Tempos

De repente as coisa tomam um rumo antes inesperado até porque flashback de filme repetido ninguém merece. é mais ou menos como ver a sessão da tarde com alguém chato te contando o final da história do filme.
E de novo você não se vê culpado nessa história sem fim.
Como o Bastian, me vejo com Fantasia nas mãos e a Imperatriz Menina me "enche o saco" o tempo todo para que não deixe o seu Reino morrer. Falco e Atreyu se unem nessa jornada.
Surrealismos à parte, o relacionamento interpessoal no trabalho encontra-se abalado por conta de dois "pregos" (desculpem-me mas os termos que possam descrevê-los são, no mínimo, de baixo calão), que resolveram fazer a minha imagem como a de um cara arrogante, intolerante e imcompreensivo.
Não que eu não o seja mas, neste caso eu estou até inocente.
Eu não busquei, mas também não fiquei quieto quando fui provocado. Erro meu, pois não deveria aceitar provocações de moleques, pra dizero mínimo.
O que mais me conforta é que em suma, meus superiores e a maioria dos mes colegas de trabalho se não me apóiam pelo menos me entendem os argumentos.
Passei a ignorar como Ric me aconselhou, sendo até um pouco hipócrita. Espero não perceber, no futuro, que errei.
* * *
Enquanto a faculdade se desenrola, entre um e outro dia de aula tenho achado pouco tempo pra caçar em um site na net cujo slogan nas boates cariocas; tal como o Cine Ideal onde irei hoje; vem a ser "A temporada de caça está aberta". Mas o rendimento tem sido bom.
Tenho conhecido algumas pessoas legais que merecem mais atenção que uma noite de cama...
Ainda sobre o Cine: hoje é a festa temática de São Jorge. O flyer (desculpem a propaganda, não estou ganhando por isso, juro!) é esse aí ao lado. Do chefe de segurança, meu caríssimo Simões, aos meninos do bar. Tadeu é o cara da área V.I.P., todos s-e-l-e-c-i-o-n-a-d-o-s, passando por Eulla, a door, sempre bem humorada, e chegando até Orlando (Capaluto, o dono), em seus acessos de dj de vez em quando e não nos deixando decepcionar.
* * *
...E a vida segue assim...
Jorge Aragão

sábado, 5 de abril de 2008

Ciranda, cirandinha

Entre o preto e o branco existe o prata: um cinza zinho metido a besta meio gay que adora brilhar.
E é em tons de prata que "Maré, nossa história de amor" de Lúcia Murat, espremido entre azul e vermelho na briga das facções rivais de cores citadas, que o filme se desenrola, com uma fotografia avessa ao claustrofóbico "Cidade de Deus", de Walter Salles, mostrando que há alegria no olhar jovem de uma favela, mesmo que esta seja o Complexo da Maré.
Nota dez em divulgação, se mostra ainda na entrada do cinema, com meninas negras distribuindo jornal "making off" do filme com entrevistas com atores, feito inédito no cinema brasileiro até então.
Analídia (Cristina Lago), filha de um traficante preso, apaixona-se por Jonatha (Vinícius D'Black), MC da comunidade e irmão de Dudu (Babu Santana), traficante da facção rival à do pai de Analídia. Os dois se conhecem em um baile funk, mas realizam a paixão até os últimos momentos do filme no grupo de dança Fábrica, cuja professora é Fernanda (Marisa Orth), esta indefectível em sua atuação que nos faz perceber porque é considerada uma de nossas melhores atrizes da atualidade e cuja experiência em dança nos retorna um "Ciranda, cirandinha" único e adaptado ao enredo singular inspirado livremente na obra de Romeu e Julieta.
A música oscila entre árias de Sergei Prokofiev, hip hop, funk, e samba, impecábilíssima, extremando momentos de alegria intensa e de conselho à juventude bem como críticas na sequência na Linha Vermelha onde os atores dançam entre carros num engarrafamento.
Final surpreendente.
Irretocável.
* * *
...Vamos dar a meia volta,
volta e meia vamos dar...
Cancioneiro popular