terça-feira, 30 de julho de 2013

Mais de Floripa...

Hino da viagem à Floripa:


O Sam é hetero. Pra minha tristeza o australiano é.

Na manhã seguinte saímos Natasha e eu enquanto todos dormiam. Fomos ao Mirante da Lagoa da Conceição. Após um café-da-manhã reforçado, tiramos fotos, rimos, descemos uma trilha e chegamos à Praia Mole. 

Um sol de rachar e a água do mar muito gelada. Contrastante, não? Eu percebi ali que a gringa é mó comédia. Não sei porque eu perguntei se ela era gay. Ela negou e eu mencionei que estávamos ao lado de uma praia nudista, Galheta. Ao que ela me perguntou:

- Why not?

Na metade da Enseada da Galheta paramos pra tirar a roupa quando me senti seguro. Afinal eram duas Canon, sendo uma semi-profissional. Estávamos na direção do posto salva-vidas. A água fria não foi o pior, mas a ventania. Foi quando percebi que as pessoas estavam abrigadas perto das pedras.

Andamos pelados pela praia até onde havia uma bica pra tirar a areia e o sal. 

Almoçamos e ao final da tarde fomos à Barra da Lagoa, linda e organizada vila de pescadores. 

Foi quando, na volta, ela deu mole pra um manézinho da ilha. O cara nos convidou pra uma sinuca onde rimos e nos divertimos até que ele perguntou se a gente curtia um beck.  Ao que a russa respondeu:

- Why not?

E rimos muito como se fosse, na última noite, a última coisa a fazer...

* * *

Deja me vivir, livre como las palomas...
Dejame vivir; JARABE DE PALO

domingo, 28 de julho de 2013

Mochileiro, eu?

Botei umas roupas na mochila e tracei um roteiro até a Córdoba Argentina, onde tenho amigos. Rick me zoa dizendo que foi um mochilinha. Eu não podia me dar ao luxo de não contar com certos imprevistos, então comprei todas as passagens do trajeto, exceto o trecho Chuí-Porto Alegre na volta.

Como primeira experiência achei ótimo. Não fiz o que mais queria: pegar uma carona num caminhão na beira da estrada. Com certeza o farei na próxima. Recebi até oferta de carona pela Internet de um pequeno empresário, motorista da região.

Bienal em Sampa - Rever amigos em Santos - Fazer novos em Floripa. Estar sozinho e ao mesmo tempo acompanhado foi simplesmente a melhor parte da viagem. Não me orgulho de certos fatos ocorridos, mas eles foram interessantes do modo que ocorreram.



No primeiro dia, tínhamos a obrigatoriedade de interagir ou então continuar o fim-de-semana sozinho. Logo na primeira tarde, estávamos na Praia da Joaquina, perto do Toca da Joaca. Natasha, a russa; Camilo e Santiago, colombianos; e Eu, o paraense de alma carioca. Logo ali percebemos o bom humor e algumas peculiaridades de cada um de nós. Num momento de ligeira epifania, me atrevo a dizer que éramos quatro crianças do mundo brincando de enterrar uma às outras na areia.

A comida daquela tarde seria pizza de caixinha, com baby vinho trazidos pela russa. Foi quando conhecemos Vera, a portuguesa; Jorge, o paulista e Sam, o australiano. Fomos a um forró na Casa de Noca, onde podemos nos certificar de que a russa tinha dois pés esquerdos, o paulista era um xavequeiro e onde nos divertimos muito. Ali, já alto de caipirinha e pilhado pelo Jorge eu atirei no Sam.

Aquele seria só o início de um final de semana único, de inteira catarse...

* * *

... E lá pras bandas quando ao noite aparece,
a lua cresce e eu penso em você...
Atrás do horizonte, SABINO DO ACORDEON

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Férias

Aperte o Play.


Após o mané que fez tudo ao contrário do que devia fazer, e que levou um belo de um não e depois em um jantar, levou um NÃO maior ainda, eu me dei férias.

Férias de relação, férias do trabalho. férias de mim.

Consultei uma psicóloga no trabalho; um psiquiatra; o meu chato favorito, Rick. Chegamos a um consenso. Tirei férias de três meses. Trabalhei por quinze dias. Mais dois meses de férias. 

Entre o idiota e o inicio do ano, eu me joguei no mundo. Transei. Dei uma festinha. Nada de compromisso. Foi a solução encontrada pra poder aliviar o tesão. Afinal, ainda sou de carne e osso.

Na segunda parte de férias decidi fazer um mochilão. Esquecer quem eu era, ou quem eu fui. Rick primeiro ficou preocupado achando que eu pudesse fazer alguma besteira. Disse pra ele que eu conhecia as consequências em todas as esferas dos meus atos e não seria inconsequente comigo mesmo.

Furei a orelha. Cortei moicano. Coloquei umas roupas numa mochila e saí pra visitar uns amigos em Córdoba, Argentina.

Voltei renovado. O mesmo cara porém mais leve, mais feliz...

* * *

Eu tava só, sozinho!
Mais solitário que um paulistano...
Telegrama, ZECA BALEIRO