quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Bla bla bla rrosk rrosk!

Não pensei eu que a Banda de Ipanema pudesse me render uma surpresa tão grata.

Após o filho de Oxum, dois Andrés, de ter visto o ex candidato a digníssimo, de ter pegado a Deb, e ter beijado outras tantas bocas que não me lembro nem o nome, ei s que surge a russian guy.

É isso mesmo. Meu beijo ficando internacional, desculpem-me a falta de modéstia nesse jardim.

Lindo, loiro e encantador, ele segurou minha mão e após o beijo, disse:

- I have to find my friends.

E não soltou mais a minha mão.

Eu, de Dark angel, adorei a idéia e tive que enfrentar a Odisséia de tirar meus novos amigos do meio do tumulto da Farme com a Visconde de Pirajá.

Sugeri que fôssemos à praia onde era mais fresco e poderíamos continuar conversando com mais calma.
De sábado até hoje, vivi como uma versão masculina de Anastacia, a czarina russa perdida em algum lugar do planeta. A loucura da pessoa (risos).

E foi, e eu não o levei no aeroporto porque acho que não aguentaria. Já me despedindo dos amigos dele quase chorei. Preferi deixa-lo com minha imagem sorridente. E me fui, com um convite para conhecer a Rússia.
* * *
The smell of your skin lingers on me now,
You're probably on your flight back to your hometown...
Big girls don't cry; Fergie

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O diabo veste "PRATA"

E eis que baixou um "diabo" gostoso em mim.

Sutil, elegante, abusado, passando a mão em muitas bundas pela rua, no Bloco das Quengas, na terça-feira dita "gorda". Lançou olhares, recebeu outros, bateu um leque, tirou fotos, subiu em marquises e bancas de revista pelo centro da cidade, na Lapa carioca.

Sutil, elegante, abusado.

Um diabo mais ou menos assim como eu.

Desinibido, apreciador, cult, um diabo com elã, como diria um amigo meu, um grande amigo meu.

De shortinho com rabo e tudo, coturnos prateados e chifres de mesma cor, ele seguiu o caminho para o inferno, para onde deve voltar e ficar oculto, pelo menos até quem sabe um próximo carnaval.

* * *
Ele vinha sem muita conversa,
sem muito explicar...
Minha História; Chico Buarque

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Abusado, eu?

* * *
- Quem é você?
- Adivinha se gosta de mim...
Noite dos Mascarados; CHICO BUARQUE

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Crônica de um aprendiz

Hoje, reencontrei, de manhã cedo, antes do trabalho, um velho conhecido, amigo meu.

Quando eu era uma criança, esse amigo costumava dizer que eu era um garotinho lindo, que tinha grandes olhos castanhos e espertos, cachinhos de anjo moreno e bochechas gostosas de apertar.

Aos sete anos, o amigo me viu chorar e perguntou:

– Por que choras?

Inocente, não soube responder.

Aos doze, ele tratou-me indiferente. Era a Adolescência, cruel com suas palavras de mudança, desordem; e me transformava no “patinho feio” que ninguém queria beijar ou namorar.

Ele me dizia estranho.

Triste eu era e o amigo, escarnecendo-me, indagou:

– Por que és triste?

Infeliz, não me atrevi sequer a responder.

Adolescendo, àquela maneira torta, eu vi pessoas aproximarem porque eu tinha um riso forjado e uma segurança aparente tal que elas curtiam minha companhia.

Eu fingia e o amigo, curioso, inquiriu:

– Por que finges?

Mentindo, fingi não entender.

Eis que a Tempestade veio com suas palavras de frio, medo, solidão e incerteza. Os sinceros amigos preocupados se mostraram com minha ausência, minhas neuras, meu mundinho paralelo.

Sofrendo estava, e o amigo, preocupado, interrogou:

– Por que sofres?

Sofrendo, não tive forças pra responder.

A vida corre, o tempo escoa, mudanças ocorrem tais que um muro ergue-se à minha volta. Os demais tentam pulá-lo e se machucam.

Fechado eu era, e o amigo, intrigado, questionou:

– Por quem esperas e porque relutas?

Esperançoso, reservei-me o direito de não responder.

Renovada a força, olhei pra mim mesmo e finalmente gostei do que vi. Um homem feito me empenhei em melhorar. Algumas intervenções e o “patinho feio” se tornava um “Cisne Branco”.

Sorrindo estava e o amigo exclama:

– És risonho. Vejo em teus olhos e em teu corpo, suas feições são mais claras e o teu sorriso, sincero.
Empolgado, o Espelho, meu amigo, me pergunta:

– Que fizestes?

Ao que, satisfeito, eu respondo:

– Aprendi a ser feliz.

* * *

...No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer...
Resposta ao Tempo; Nana Caymmi

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O melhor e o pior de mim

Pedro diz:
Tudo bem?
Adso diz:
Mais ou menos
tocando em frente
cuidando do meu jardim
deixando as mariposas pra trás e apreciando novas borboletas...

O melhor e o pior de mim:
Do mesmo jeito que AMO, também odeio. Fácil, simples, prático assim.
* * *
Infinito Particular; Marisa Monte
Edição de Adso Eco

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Foi...

E da mesma maneira que entrou, o Conde saiu da minha vida.
Sem dizer uma palavra, simplesmente sumiu.
Não sem antes deixar dois furos comigo e sem nenhum pedido de desculpas ao menos. O que pra mim, é falta gravíssima.
De consideração, de respeito e de educação.
Eu, claro, já limei da minha vida. Excluí do orkut, do msn, e da agenda do celular.
Assim como entrou, saiu.
* * *
...Cedo ou tarde
A gente vai se encontrar,
Tenho certeza, numa bem melhor.
Sei que quando canto você pode me escutar...