sábado, 26 de maio de 2012

Do BHY

Não sei como reblogar aqui, então segue cópia fiel do original:

http://bhy.tumblr.com/post/22947295838/o-tempo-nao-cura-nada-o-que-cura-e-merthiolate-o

Não deixe que seja tarde.





O tempo não cura nada. O que cura é Merthiolate. O tempo alivia, feito estar carregando uma sacola pesada num ombro e muda-se de lado. O peso é o mesmo. Indiferentes a isso, o Sol sempre vai nascer e o oceano sempre vai salgar sua boca. Com indiferença de volta, não se importe, você é quem importa. Dirigir em ruas solitárias acalma. Aprender a dirigir, não. Sempre haverá uma música começando a tocar. Os livros sempre vão terminar. Alguns, com finais felizes. Os pássaros ainda vão voar para o sul. Não perca seu norte. Portas fechadas podem ser abertas. Os olhos são a janela da alma, mas não tente passar por elas, você pode se machucar. Se isso acontecer, já sabe, Merthiolate. Às vezes, só isso não basta. As algas marinhas produzem 90% do oxigênio da Terra. Você produz gás carbônico. As plantas, fotossíntese. Estrelas morrem e nascem todo dia. O Sol ainda arde.

Nunca é muito tarde.

Eu te amaria.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Complicated

“Então vamos continuar até um de nós sentir algo mais. Aí paramos.”

É isso? O mundo dos Relacionamentos resume-se a isso?

As pessoas tem medo de se envolver e simplesmente somem. Não é mais fácil dizer que "não bateu", "não rolou química", e soltar um "podemos ser amigos, se você quiser" ? Cabendo então à parte que escuta decidir por esse possível status de amizade ou não?

Sumir é tão mais fácil assim? 

Ignorar as ligações, as mensagens no Messenger, as "cutucadas" no Facebook pra mim, não denotam somente falta de interesse. Pra mim também são sinais claros de falta de educação. Porque, até um tempo atrás (recente, inclusive), quando se era interessante pra esse alguém, tal ignorância não existiria. Muito pelo contrário, era justo parecer-se disponível para falar amenidades quaisquer que fossem, depois de passada a fase: qual seu peso/ altura/ ocupação? No melhor estilo Eduardo e Mônica - conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer...

 A máscara da força, da auto-suficiência está à frente de qualquer gesto espontâneo, que possa, mas não necessariamente expor as fragilidades da nossa condição humana. Estamos carentes de tudo, de atenção, amizade e lealdade, mas acima disso, como diria o Arnaldo Jabor - Estamos carentes de amor.

Por que os caras às vezes complicam mais que as mulheres?

Eu  não fui atrás de ninguém. Até esnobei um pouco. Involuntariamente, até. Daí as pessoas se mostram seres especiais com quem eu gostaria de dividir alguns momentos e quem sabe ensaiar uma relação. Quando é minha vez de me mostrar interessado e tal, as pessoas somem.

Já sei, esses olhos que estão lendo podem induzir o cérebro a pensar: Putz, o cara deve ser pegajoso, ligar umas 20 vezes, cobrar satisfação, monitorar a vida. Fato. Eu tabém pensaria se tivesse realmente acontecido. Mas não aconteceu. Dei o espaço das pessoas. Respeitei o "vou cuidar da minha religião" e o "eu te ligo pra gente tomar café" que resultaram num afastamento seguido de completa ausência.

Daí eu me pergunto: Seria medo de se envolver, gostar e com isso a possibilidade de se machucar e sofrer as consequências boas ou ruins de se comprometer a conhecer alguém pelo menos?

“Então digo que podes sofrer. Eu aguento. O mundo aguenta.”


Sempre se aguenta e já dizia o poeta que o mundo não pára pra que você possa consertar seu coração partido.

Mas, deixe-se ficar um pouco mais, um tanto mais, necessário o suficiente pra que possamos nos conhecer um pouco melhor.

E, se eu me apaixonar por seu jeito doce de fechar os olhos quando estiver sorrindo, ou pelos furinhos no queixo ou covinhas na bochecha quando isso acontecer, eu vou te fazer sorrir muitas e muitas vezes, pelo simples fato de me fazer feliz a tua ação de sorrir, simplesmente. Só tenho um algo a mais. Se eu realmente me apaixonar;

“Se chegar mais perto, eu não te deixarei ir...”


Trechos grifados extraídos do filme Sexo sem compromisso
* * *
And If you could only let it be, you would see...
Complicated; AVRIL LAVIGNE