domingo, 19 de outubro de 2008

...

Depois de um longo período de incertezas, volto a regar o meu jardim.

Digo incertezas porque perdi uma pessoa da família, daí o luto de alguns posts atrás...
E é mais estranho porque, apesar de ser um parente direto, não éramos tão próximos e não imaginei sentir a morte de meu pai tanto assim.
Ele era um pai ausente, da maneira que um pai ausente costuma ser. Desde que se separou de minha mãe, nós não tínhamos essa proximidade toda, muito embora eu só tenha boas recordações de momentos em sua companhia.
Uma amiga disse que isso é um bom sinal pois, além de ter referência visual por tê-lo conhecido, ao menos eu só lembraria dos momentos bons.
Mesmo que ele não tenha sido um pai como acho que deveria ser, era a única referência paterna que eu tinha e perceber que ele não mais estará entre nós assustou-me um tanto.
E de uma maneira que eu não esperava.
Durante dias uma angústia inexplicável tomou-me conta, de forma tal que eu evitei em alguns momentos ficar sozinho pra não pensar no assunto. Foi f...
Não sabia que uma perda dessas faria eu avaliar pontos tão distintos da minha vida como avaliei.
E tô retomando, agora com uma visão meio diferente, sem tanta euforia como antes e com um pouco mais de segurança, acho.
Mais sereno...

* * *

...Pai!
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais
Aquela criança...
Pai; Fábio Jr

sábado, 27 de setembro de 2008

O verdadeiro internauta

Não acorda, dá boot.
Não tem memória, tem HD de 18 GB.
Não faz análise, dá um scandisk.
Não peca, comete exceções fatais.
Não rouba, executa operação ilegal.
Não pede ajuda, tecla F1.
Não esquece, deleta.
Não evolui, faz upgrade.
Não tem dó, tem DOS.
Quando toma sopa de letrinhas, escolhe a fonte.
Não freqüenta boteco, prefere ambiente Windows.
Não tem cérebro, tem gerenciador de dispositivos.
Não guarda rancor, faz backup das mágoas.
Não tem raízes, tem configurações regionais.
Não desmarca compromissos, remove programas.
Não faz implantes, adiciona novo hardware.
Só fica em segundo plano pra configurar papel de parede.
Não gosta de mulher conservadora, prefere as de configuração avançada.
Só usa tabelinha do Excel.
Só mostra documento do Word.
Sempre freqüenta o Powerpoint da rapaziada.
Não gosta de prostitutas, prefere garotas de programa.
No restaurante, pede o menu iniciar.
Não exagera, maximiza.
Quando está com gripe, toma antivírus.
Não socorre, salva.
Não tem motorista, tem driver.
* * *

...Com quantos gigabytes
se faz uma jangada,
um barco que veleje...
Pela Internet; Gilberto Gil

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sorriso Amarelo

Ei! Sorria...Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e à todos.
Deles depende a sua felicidade completa.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom, em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distância e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho, em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça...Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba...faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom, dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você...não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que...te adoro, simplesmente porque você existe.

Charles Chaplin

* * *

...E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça...
A Via Láctea; Legião urbana

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

LUTO.

Quando você acreditar que é o fim de tudo, quando não te restar mais esperanças.
Quando você aceitar a derrota e não souber por onde começar, quando todos te dizerem que é o fim, que você acabou.
Quando as portas se fecharem na sua cara, quando os amigos sumirem.
Quando o amor partir e deixar um rombo no seu coração, quando as dívidas forem maiores que a sua capacidade de pagar.
Quando te faltar chão, o ar sumir, a vista escurecer, quando o medo for mais forte que a razão.
Quando tudo for apenas uma saudade, lembre-se da vida, lembre-se dos milagres que acontecem a cada dia, a força do sol com seu esplendor, o Christopher Reeve na cadeira de rodas mexendo um dedo, a força da chuva trazendo vida às sementes.
O Lars Grael recomeçando com uma perna só.
A beleza das flores que se abrem para o dia, a luta do Gerson Brener para falar, a sensibilidade do canto dos pássaros, a resistência de Mandella nos quase 30 anos de prisão.
Pense no equílibrio dos mares, na reconstrução e na emoção do Herbert Viana, pense na grandeza das florestas, e por fim, pense em Jesus, que até no último suspiro lembrou-se de você e pediu:
- Pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem.
Recomece a cada segundo, a cada minuto reconstrói os teus pensamentos, dirige-os para a luz, pois é assim que se constrói a verdadeira felicidade.

Eu acredito em você!
(Paulo Roberto Gaefke)

* * *

...E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar, é uma bobagem...
Vento no Litoral; Legião Urbana

terça-feira, 15 de julho de 2008

Safety sex ever



Não está na mostra, mas vale conferir...

domingo, 13 de julho de 2008

Mudou?

Paciente Zero é apenas um dos filmes em cartaz na mostra "Homossexualidade na Mídia - O que mudou..."
A mostra definitivamente conseguiu ativar a reflexão no meu grupo de amigos, pelo menos. A ponto de debatermos o "Zero", profundamente com direito a defesa e acusação da personagem, estabelecendo um paralelo dos problemas atuais retratados no filme que se passa em 1985 e concluindo num mea-culpa do Paciente.

Avaliei-me e acho que estou mudando.
Avalie-se também, prestigie a mostra:

Rio de Janeiro 08/07 a 20/07
A Homossexualidade na mídia - O que mudou?
Mostra de cinema & TV + Ciclo de debates
Caixa Cultural Rio de Janeiro
Avenida Almirante Barroso, 25, Centro
CEP 20031-000 – tel. 21.2544 4080 / 2544 7666
ENTRADA FRANCA

São Paulo 15/07 a 20/07
A Homossexualidade na mídia - O que mudou?
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111, Centro
CEP 01001-000 – tel. 11.3321 4400
ENTRADA FRANCA

Outono inverno

Fim de período em faculdade, somado às viagens a trabalho resultam em menos tempo para postar aqui.
Perdoem-me pelo tempo afastado e pra compensar tem post dobrado hoje.
Revisitando o meu jardim, eu notei que pela primeira vez essa semente me incomodou.
Talvez ela tenha virado erva daninha no meu jardim. Há algum tempo tenho me desanimado de alguns projetos.
Dediquei-me, mas não o suficiente aos estudos (ok, admito, Rick). Envolvi-me indiretamente com algumas pessoas indo na contramão da minha auto-proposta de início de faculdade...Confesso que desanimei no meio do semestre, algo parecido com o que eu achei nesse blog. Achei a ilustraçao no google e linkei o blog dele.
E reavaliando, eu costumo fazer isso de sentir um entusiasmo louco por algo e depois abandoná-lo tendo realizado ou não tal projeto.
Acho que aquilo que eu mais queria era um certo alguém pra dividir as, frustrações ou conquistas pelos obstáculos vencidos (ou não - como diria Caetano) que obtive nesse primeiro período de faculdade.
Talvez daí recorra o "envolvimento" com certos "alguéns"...
* * *
...Quis evitar teus olhos
Mas não pude reagir...
Um certo alguém; Lulu Santos

terça-feira, 27 de maio de 2008

Bactérias



Eu também uso NEBACETIN...
(Risos)

sábado, 3 de maio de 2008

Meu Jardim

Quando eu comecei a escrever esse blog eu pensei somente nessa música do Vander Lee, que agora compartilho com vocês.
Mais adiante vou estudar como faço de ela tocar quando vocês acessarem.
Obrigado,
Adso


* * *
Vander Lee
*Agradeço em especial ao meu amigo Algernon do blog Tin Man, que orientou-me a publicar esse vídeo que divido com os visitantes do meu jardim.
Respire bem fundo, ouvindo Meu jardim...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Eu não sei dançar

Eu mencionei outro dia por aqui que estava na temporada de caça. Ainda estou.

Tenho conhecido algumas pessoas legais que merecem mais atenção que uma noite de cama, foi o que eu disse, e é verdade.
Como não vou ser indelicado em citar nomes, simplesmente resumo a história de alguns deles.
O primeiro, antes de eu viajar, terminou o que não havia começado pois disse que não estava "rolando". Até hoje não teve a decência de me dizer isso pessoalmente.
O segundo eleito, tinha um ex (sempre eles). Um não, vários, e voltou pra um deles, sem se dar a chance de me conhecer melhor. Ele saiu perdendo, claro.
O terceiro, me achava encantador, perdemos o contato porque eu perdi o meu celular. Detalhe: a família dele está na cidade.
O quarto, era "puta" demais.
O quinto, esse sim é encantador, estou perdendo o contato, infelizmente.
Ressurge o sexto das trevas,e junto com as trevas, uma dose extra de neurose que só ele a tem.
E tudo isso porque não terminamos o semestre ainda.
Surge um sétimo nesse limiar do feriado, que tem uma namorada. Repito, namorada. Há seis anos e que sabe que ele é bi (relacionamento modeeeeeeeeeeeeeeeeeerno!!!). O cara é chegado numa ilícita, se é que me entendem. Ficou o tempo todo das pouco mais de duas horas e meia que ficamos juntos me elogiando, mas eu já disse: se me quer pra amante (não que eu tenha vocação), corte esse cabelo que te envelhece e entra pra uma academia pra liberar endorfina pra esse corpo... Fui enérgico demais?
* * *
...Eu não sei dançar tão devagar
pra te acompanhar...
Marina Lima

terça-feira, 22 de abril de 2008

Novos Tempos

De repente as coisa tomam um rumo antes inesperado até porque flashback de filme repetido ninguém merece. é mais ou menos como ver a sessão da tarde com alguém chato te contando o final da história do filme.
E de novo você não se vê culpado nessa história sem fim.
Como o Bastian, me vejo com Fantasia nas mãos e a Imperatriz Menina me "enche o saco" o tempo todo para que não deixe o seu Reino morrer. Falco e Atreyu se unem nessa jornada.
Surrealismos à parte, o relacionamento interpessoal no trabalho encontra-se abalado por conta de dois "pregos" (desculpem-me mas os termos que possam descrevê-los são, no mínimo, de baixo calão), que resolveram fazer a minha imagem como a de um cara arrogante, intolerante e imcompreensivo.
Não que eu não o seja mas, neste caso eu estou até inocente.
Eu não busquei, mas também não fiquei quieto quando fui provocado. Erro meu, pois não deveria aceitar provocações de moleques, pra dizero mínimo.
O que mais me conforta é que em suma, meus superiores e a maioria dos mes colegas de trabalho se não me apóiam pelo menos me entendem os argumentos.
Passei a ignorar como Ric me aconselhou, sendo até um pouco hipócrita. Espero não perceber, no futuro, que errei.
* * *
Enquanto a faculdade se desenrola, entre um e outro dia de aula tenho achado pouco tempo pra caçar em um site na net cujo slogan nas boates cariocas; tal como o Cine Ideal onde irei hoje; vem a ser "A temporada de caça está aberta". Mas o rendimento tem sido bom.
Tenho conhecido algumas pessoas legais que merecem mais atenção que uma noite de cama...
Ainda sobre o Cine: hoje é a festa temática de São Jorge. O flyer (desculpem a propaganda, não estou ganhando por isso, juro!) é esse aí ao lado. Do chefe de segurança, meu caríssimo Simões, aos meninos do bar. Tadeu é o cara da área V.I.P., todos s-e-l-e-c-i-o-n-a-d-o-s, passando por Eulla, a door, sempre bem humorada, e chegando até Orlando (Capaluto, o dono), em seus acessos de dj de vez em quando e não nos deixando decepcionar.
* * *
...E a vida segue assim...
Jorge Aragão

sábado, 5 de abril de 2008

Ciranda, cirandinha

Entre o preto e o branco existe o prata: um cinza zinho metido a besta meio gay que adora brilhar.
E é em tons de prata que "Maré, nossa história de amor" de Lúcia Murat, espremido entre azul e vermelho na briga das facções rivais de cores citadas, que o filme se desenrola, com uma fotografia avessa ao claustrofóbico "Cidade de Deus", de Walter Salles, mostrando que há alegria no olhar jovem de uma favela, mesmo que esta seja o Complexo da Maré.
Nota dez em divulgação, se mostra ainda na entrada do cinema, com meninas negras distribuindo jornal "making off" do filme com entrevistas com atores, feito inédito no cinema brasileiro até então.
Analídia (Cristina Lago), filha de um traficante preso, apaixona-se por Jonatha (Vinícius D'Black), MC da comunidade e irmão de Dudu (Babu Santana), traficante da facção rival à do pai de Analídia. Os dois se conhecem em um baile funk, mas realizam a paixão até os últimos momentos do filme no grupo de dança Fábrica, cuja professora é Fernanda (Marisa Orth), esta indefectível em sua atuação que nos faz perceber porque é considerada uma de nossas melhores atrizes da atualidade e cuja experiência em dança nos retorna um "Ciranda, cirandinha" único e adaptado ao enredo singular inspirado livremente na obra de Romeu e Julieta.
A música oscila entre árias de Sergei Prokofiev, hip hop, funk, e samba, impecábilíssima, extremando momentos de alegria intensa e de conselho à juventude bem como críticas na sequência na Linha Vermelha onde os atores dançam entre carros num engarrafamento.
Final surpreendente.
Irretocável.
* * *
...Vamos dar a meia volta,
volta e meia vamos dar...
Cancioneiro popular

sábado, 29 de março de 2008

Cruzada

A melhor parte da calmaria que se segue depois de uma tempestade, é percebeu o quanto você aprendeu.
E o quanto você mudou.
Físicamente, você se dá conta após seis anos porque os amigos não te reconhecem. A família não te reconheceu.
E finalmente você passa a reconhecer que enfim, mudou.
Agora, você pode ter opinião.
Dito isto, em post anterior, você passa a ser alguém que tem seu ponto de vista.
O mais libertário é não depender de ninguém e por isso mesmo poder exprimir essa opinião.
Acolher, mas ter a certeza que está de certa forma, educando.
E da mesma forma que sorri, também aponta os defeitos.
Amigo é esse.
E eu tenho sido assim últimamente.
Assim pareço mais comigo, como propõe a letra do post de hoje.
Sinto às vezes que tenho que controlar certas explosões.
Nada que aflija.
Ainda.
* * *
...Não há sinal de cais
Mas tudo me acalma no seu olhar
Você parece comigo
Nenhum senhor te acompanha
Você também se dá um beijo dá abrigo
Se dá um riso dá um tiro...
Beto Guedes

sexta-feira, 21 de março de 2008

Fly Away From Here VII

Finalmente encerro a viagem.
Com o mesmo pensamento de liberdade.
Pensamento de quem viu injustiças serem cometidas em nome do argumento "criação" ou ainda "paternidade" justificados pela expressão:
_ Ela não nos inspira confiança.
Tal como há seis anos, nossos sonhos estão cada vez mais em um lugar fora daquele, fora do pensamento ZINHO provinciano que teima em existir em cidades como Belém e Campos, no Rio.
A liberdade de uma jovem de 15 anos é tolhida e não há nada que me seja permitido fazer.
Eu me vejo espelhado nessa jovem.
A diferença principal é que eu estava com 17 anos, era um adolescente mas, homem e tinha convivido fora dali por dois anos da minha vida.
Minhas esperanças e as dela, Última, aprisionada no seu borralho pós-moderno sem direito a um segundo grau de efetiva qualidade e ainda assim, estreitando seu futuro, afunilando suas chances e , de certa forma, desperdiçando juventude no seu grau mais puro, na adolescência, perdendo um tempo precioso que jamais retornará. Nem que se passem mil anos e nem pelos séculos dos séculos.
Mas eis que um dia ela completará 18 anos e nada irá impedí-la e eu estarei pronto para recebê-la.
Mais ou menos o que fizeram comigo quando eu tinha apenas 17 anos. Há quase sete anos.
E eu me lanço de lá novamente, ansiando por liberdade, o que tenho certeza que cedo ou tarde ela também o fará...
* * *
Our hopes and dreams
Are out there somewhere
Won't let time pass us by
We'll just fly
Aerosmith

domingo, 16 de março de 2008

Fly away from here VI

Após nova recaída em 2001, eu decidi que iria trancar o cursinho e passei a fazer psicoterapia. Foi bom, afinal, eu teria alguém com quem conversar abertamente. E foi muito proveitoso pois pude esclarecer diversas dúvidas de adolescente, de menino e de homem.

Do menino que cresceu e já era um adolescente e que em breve se tornaria um homem.
Foi então que surgiu a oportunidade da viagem.

E com ela, descanso.
Querendo ou não eu sabia que era definitivo.

Eu jamais voltaria.
Pra qualquer que fosse o destino eu também voaria.
Fosse um dos 60 destinos da GOL.
Eu simplesmente não me importava.
Se apenas voasse dali.

* * *

...Then fly away from here
To anywhere
Yeah,
I don't care
If we just fly away from here...
Aerosmith

domingo, 9 de março de 2008

Fly away from here V

Eu estive doente por um certo tempo.
A explicação mais plausível, se é que eu posso definir assim, foi que eu enfraqueci espiritualmente e que "amiguinhos" espirituais, até mesmo sem intenção acabaram me obsediando ( entenda-se por obsessão o enfraquecimento espiritual através de energia de um espírito para o outro quer esteja encarnado ou não) Deste modo, não foram pouco os templos e religiões que a família, primordialmente, me levou a conhecer.
Putz!
Fui a terreiros de candomblé, igreja evangélica, fui exorcizado. Até que me levaram em uma casa que souberam me responder a algumas perguntas. E lá foi a primeira porta que efetivamente se abriu.
No entanto, não foi suficiente.
Levado eu fui à outra casa onde efetivamente sosseguei.
Foi difícil, mas foi instrutivo.
Em Belém esses dias, voltei a antigos templos que me receberam quando eu estive mal. E me receberam como se ontem eu tivesse saído de lá.
O mais impressionante foi saber, que cada um a seu modo , me mostra que ainda há uma preocupação do mundo espiritual comigo, com a minha vida, seja como eles dizem:
_ Há um plano de Deus pra você.
ou
_Desenvolva seus dons, você será cobrado.
Seja de que forma for, entendo agora que tenho que respirar bem fundo. E fazer uma outra prece.
* * *
...Take another breath
And say another prayer...
Aerosmith

domingo, 2 de março de 2008

Fly away from here IV

Todos cometemos erros.
Há sete anos eu me apaixonei simultâneamente por um homem e uma mulher.
Não estava dividido, eu soube levar bem a situação. Era uma fase de descoberta e aprendizado. Com ela eu aprendia a ser um homem, com ele descobria que tinha um.
Com Carla, eu aprendia a ser paciente, bastante paciente. Com Breno, eu simplesmente deixava-me arder. Ela, amor; ele, tesão.
Carinho com ela, Volúpia com ele.
Com ela, um certo recato; com ele, corpos nus na minha cama de solteiro.
No fim, sei que amei os dois. Cada um ao meu modo. E de um modo particular, eu me envolvi.
Deixei rastro. Meu pior defeito. E isso me custou muito.
Fui rotulado de todos os lados, por causa de ambos. No final, só, resolvi que a viagem ao Rio viria em boa hora. E veio.
E joguei tudo pro alto, disposto a recomeçar.
Em outro estado, a minha vida, de outro modo.
* * *
...We all make mistakes
Yeah, but it's never to late to start again...
Aerosmith

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Fly away from here III

E como nem tudo é terrorismo nas viagens feitas a cada seis anos, lembrei-me de como eu era feliz e de certa forma inocente àquela época.
Época de Sakura Card Captors.
Parece bobeira mas eu adorava aquele desenho no melhor estilo mangá japonês misturado, é claro, com RPG.
Kerberosu (Kero) era o que eu mais gostava; esse bichinho alado de pelúcia, rebarbado como só ele conseguia ser. Reclamão e encantador, logo assume a forma do Leão Alado que todo guardião deve ser. Forte, altivo e misterioso! Algo como eu sabia ser...
Era também um tempo saudoso, tempo de escola onde tudo era, de certa forma, permitido.
Amores possíveis eram assim mesmo, possíveis.
E tudo de uma forma ou outra estava em minhas mãos porque eu podia, bem como eu sei que ainda posso.
* * *
...I gotta do what it takes
Because it's all in our hands...
Aerosmith

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Fly away from here II

Estou entre o inferno e o paraíso nessa viagem que eu decidi por fazer agora. Até mesmo porque se não fosse agora tão cedo sei que não a faria.
Ontem me diverti, zoei, curti mesmo, foi legal nos dias em que pude me sentar, conversar, depois dançar até que não houvessem mais forças ou ainda que as houvessem eu não pudesse porque o tempo acabou.
Nos dias seguintes dá-se conta de que, como me foi dito, eu amadureci, as pessoas não. E isso é chato porque você passa a ser tido como "aquele que quer estar sempre certo". E não é verdade.
Eu nunca tive porque não falar o que penso e agora que cresci e passei a enxergar à minha volta (principalmente a família, nessa viagem) o que penso ofende às vezes.
Ofende porque muitas das vezes é a verdade. A minha verdade, enquanto avaliação pessoal da problemática que as pessoas criam em torno daquilo que é óbvio, daquilo que tem solução simples.
E a priori, da personalidade dos indivíduos da família.
E, infelizmente, eu não posso mudar as pessoas...
* * *
...Ain't nothin' gonna change
If we stay around here...
Aerosmith

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Fly away from here

Lembrei da música do post esses dias e como ela fez a diferença em um momento crucial da minha vida. Há mais ou menos seis anos, no segundo semestre de 2001. Lembro do clip futurista do Aerosmith, em que o guitarrista ganha asas metálicas no final. E esse era meu sonho: ganhar asas e ir embora dali.
Nesse momento choro lembrando disso...
Era uma fase de incertezas mais que hoje, havia uma viagem marcada pra dezembro do mesmo ano que seria o verdadeiro fator de mudanças em minha vida e, embora eu soubesse que ela seria mais um passeio que uma mudança, no íntimo eu sabia que não era exatamente assim. Era uma mudança. Definitivamente era.
De ares, de vida, de planos, de futuro, de perspectivas futuras.
Hoje reconheço que foi o melhor que eu poderia ter feito. A melhor decisão a ser tomada na minha vida e que não haviam perdas a serem consideradas: eu só estaria ganhando com isso.
Dali em diante foram três meses difíceis como todos os primeiros três meses de mudanças significativas em meu viver realmente o são.
Namorei, estudei, passeei. vivi, e agora estou voltando.
Cheio de incertezas, mas de férias, o que ameniza a situação.
De lá escreverei, terei muito o que desabafar.
* * *
Gotta find a way
Yeah, I can't wait another day...
Aerosmith

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Que maravilha

Carnaval com chuva é um saco!
Não pelo carnaval em si, até mesmo porque a farra é garantida em qualquer situação, mas qualquer programação diferente que você queira fazer ao ar livre fica prejudicada.
Praia, campo, piscina...
Sem contar que se não for ao ar- livre, tem o deslocamento. Ao não ser, é claro, que você queira ficar em casa o carnaval inteiro.
Resta ficar largadão na net, caçando...
Solteiro, não-celibatário, virei essa noite na rede.
Meu amigo ficou preocupado, falou em vício. Eu acho que estava somente sem sono. Afinal fiz isso outras vezes há algum tempo e não me tornei nenhum viciado hoje em dia. Até mesmo porque se eu não tivesse como dormir hoje, aqui no trabalho, eu não teria ficado até de manhã na net.
E nem penso em perder minha vida social por conta disso.
O engraçado foi ele ter-me dito que eu não estava em estado terminal (risos), porém que era justamente assim que começava o vício, e não admitir era prova... (gargalhadas).
Sinceramente, o que vocês acham?
* * *
Lá fora está chovendo...
Toquinho

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Enquanto durmo

Chove no Rio.
Embora em outras vezes a chuva me deixasse com saudades de casa e da família, ou ainda meio pra baixo por conta de alguma lembrança que pudesse me entristecer, hoje ela tem um "gosto" diferente.
Tem gosto de água que lava a alma.
Após o período de arrumação, lavei a casa com essa chuva.
O ano de 2008 chegou com ares de renovação. Ainda que eu estivesse tranqüilo durante a "faxina", agora estou mais leve, e isso não é por causa de nenhuma pessoa em especial. É por mim, mesmo.
Vejo que tudo está acontecendo no seu tempo e nos eixos. A mudança no trabalho está ocorrendo de forma natural, com as responsabilidades sendo adquiridas com calma e tranqüilidade, como tudo deveria ser. Não fui transferido pra onde eu queria de início, mas estou satisfeito com os resultados.
E talvez tenha até sido melhor assim.
O emocional está em dias.
Eu queria muito um alguém no primeiro semestre do ano. Os deuses me ouviram e me deram uma enxurrada. Foram três relacionamentos no segundo semestre do ano passado.
Aprendi nesse início de ano: Nunca peça nada aos deuses! Eles podem te atender (sempre à maneira deles)
Hoje estou mais desencanado em relação a isso. Tô curtindo legal a vida de solteiro. "Pegando", mesmo.
Mas como me foi dito: "Cada coisa a seu tempo".
Até porque a partir de março, quando eu voltar das férias, tenho de dar início à faculdade e aí então não terei mais tanto tempo disponível. Nem pra aproveitar a chuva como hoje à tarde, andando de bobeira no centro do Rio.
Rindo de si.
Mesmo após tomar um banho de um carro que passa e não respeita os pedestres em dias como esse...
...que lavam a alma.
* * *
É, espero a chuva cair
na minha casa, no meu rosto,
nas minhas costas largas...
Zélia Duncan