quinta-feira, 21 de novembro de 2013

10 meses...

Dia 19 deste mês foi comemorado o Dia da Bandeira.

Data em que, excepcionalmente, o Pavilhão Nacional é içado duas vezes no mastro principal. O antigo queimado em uma pira e o novo, que tremulará durante o novo ano da flâmula, içado ao som do Hino à Bandeira.

Nesta data, queimo também pois, há dez meses exatamente, conheci o homem que mudaria minha rotina ao longo desse tempo. 

O homem que de tão complicado se assemelha à "Mulher de Fases" daquela música. Sem a instabilidade, mas tão perfeitinho quanto. Segundo Rick, por ser contábil o moço, é daqueles que combina calça bege com camisa social listrada azul. E eu pude constatar isso.

Minha vida com ele que inicialmente era uma rotina de noites de pizza às sextas e em casa, com um ajuste aqui, outro ali, torna-se um pouco mais diversificada. No início do namoro ele era completamente antissocial. E brigamos feio por conta disso. Decidimos que concessões deveriam ser feitas e compreensões passariam a existir. E temos nos acertado pra isso.

A personalidade dele é diametralmente oposta à minha. E estou certo que isso gera um equilíbrio que por vezes, irrita. Mas faz parte da relação. Eu adquiri um "pacote" de qualidades e defeitos como os amigos dizem. Volta e meia, a gente "quebra o pau", justamente nessa tentativa de ajustamento. 

Sou mimado, mandão, teimoso, pareço criança (odeio quando ele diz isso), e mulherzinha em muitas situações. E ele é simplesmente certinho. Até demasiadamente. Do tipo que não pode deixar uma louça na pia, do tipo que perde as noites de terça lavando a roupa pra secretária passar na quarta, do tipo que ao se despir, voltando do trabalho, toma todo o cuidado em dobrar cada peça pra não amarrotar, mesmo que esteja indo pra cama comigo.


Entretanto é o homem que me diz que me ama todas as vezes em que nos falamos por telefone ou pessoalmente. Mesmo eu sabendo disso e amando-o um tanto menos, mas nem por isso com menos intensidade. Não sei se me entendes ao ler esse texto. 

Em dez anos de vida carioca e cerca desse tempo de vida gay, há cinco completamente assumida, é a relação que dura mais tempo. E quando digo relação, digo cumplicidade, amizade, lealdade e amor. Nada comparado àqueles ensaios de namoro, que soavam mais como amizade com benefícios.

* * *

...Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil...
Hino à Bandeira; OLAVO BILAC

2 comentários:

  1. Parabéns, meu querido, a vc e a ele.

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    1. Obrigado, FOXX, sabe que pode contar com meu apoio também, sempre que necessário ... ou desnecessário, hehe

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